Explorar as perspectivas futuras para os negócios é uma aspiração comum entre empreendedores. Uma pesquisa exclusiva realizada pelo Opinion Box, que se aprofunda nas tendências que moldam a maneira como as pessoas compram e interagem com as marcas, entrevistou 2.083 pessoas em setembro de 2023, todas com mais de 16 anos e que realizaram compras no varejo nos últimos 12 meses. Os resultados revelam uma distribuição equitativa entre os gêneros, com 48% de homens e 52% de mulheres, e uma predominância na faixa etária de 16 a 29 anos (46%), seguida por 30 a 49 anos (27%) e 50 anos ou mais (17%).
Apesar do notável crescimento do comércio eletrônico nos últimos anos, a pesquisa sugere que a previsão de sua supressão do varejo físico não se concretizou. Embora o e-commerce tenha sido a opção predominante nas últimas compras, dois terços dos consumidores ainda optaram por realizar compras em lojas físicas no último ano.
A preferência pelo online é evidente (46%), mas 36% dos consumidores não abrem mão da experiência presencial. Em resumo, ambos os modelos têm seu espaço, desmistificando a ideia de uma eventual substituição.
Os critérios de escolha entre compras online e em lojas físicas variam. Consumidores online priorizam preços melhores (63%) e conveniência de entrega (53%), enquanto consumidores físicos valorizam a experiência sensorial, optando por ver, tocar e experimentar o produto (66%). A pesquisa destaca a importância de compreender as diferentes motivações dos consumidores em cada ambiente de compra.
A pesquisa também coloca em evidência o valor que os consumidores dão a integração de lojas físicas e online, com 77% apreciando essa convergência. A presença omnichannel (ou multicanal) vai além de uma estratégia de vendas; é uma experiência composta por vários pontos de contato que se conectam perfeitamente, permitindo que os consumidores transitem entre canais durante sua jornada. A pesquisa destaca a popularidade da prática de pesquisar preços em lojas físicas e comprar online, evidenciando uma jornada de compra que transcende os limites dos canais.
Os marketplaces destacam-se como tendência, com 90% dos consumidores admitindo o hábito de compras nesses ambientes. Além dos grandes varejistas brasileiros, como Americanas e Magazine Luiza, plataformas globais como Amazon e Mercado Livre também são populares. Surpreendentemente, mais de 70% das compras online ocorrem em marketplaces, indicando sua crescente influência no cenário de varejo.
O social commerce, caracterizado pela venda direta em plataformas de mídia social, está em ascensão. O Instagram lidera como a rede preferida para compras, sendo utilizada por 48% dos entrevistados. A experiência de compra nas redes sociais recebe avaliações positivas, com destaque para o Instagram, com 74% de aprovação. A pesquisa ressalta a crescente aceitação das redes sociais como canais de compra.
O live commerce, popularizado durante a pandemia, continua sendo uma estratégia eficaz. Surpreendentemente, 42% dos consumidores afirmam ter realizado compras após assistir a uma transmissão ao vivo de uma marca. Moda e acessórios lideram as categorias mais compradas por meio do live commerce, evidenciando a diversidade de produtos que podem ser comercializados nesse formato.
Os consumidores buscam experiências personalizadas, e 79% concordam que a tecnologia é fundamental nesse processo. O conhecimento profundo do público é crucial para a personalização, e os canais preferidos para interação incluem WhatsApp (63%) e chat online (46%). Empresas que oferecem atendimento personalizado têm mais chances de conquistar a preferência do consumidor, com 59% indicando a disposição de comprar de marcas que oferecem esse diferencial.
A pesquisa destaca que 79% dos entrevistados concordam que a tecnologia desempenha um papel crucial no processo de compra. QR Codes e carteiras digitais são as tecnologias mais utilizadas, enquanto outras, como metaverso e provadores digitais, têm um menor impacto atual. Há oportunidades para os varejistas explorarem novas tecnologias para melhorar a experiência do consumidor. Empresas e profissionais do setor podem se preparar para atender às demandas e expectativas em constante evolução dos consumidores, garantindo um posicionamento estratégico no cenário do varejo em 2024.