Dia do Orgulho LGBTQIAP+ e o perigo do ‘pink washing’

A comunidade LGBTQIAP+ tem desempenhado um papel significativo na sociedade, impactando o mercado e as empresas de diversas maneiras. Diante deste cenário, analisamos o Relatório Orgulho LGBTQIAP+ 2023, divulgado pelo Opinion Box, que revela importantes perspectivas dessa comunidade no Brasil.

O dia 28 de junho é uma data que busca conscientizar a população sobre a importância de construir uma sociedade diversa, onde todos possam viver com orgulho de sua identidade. De acordo com a pesquisa, 63% das pessoas LGBTQIAP+ entrevistadas afirmam sentir orgulho de serem parte dessa comunidade.

Uma tendência interessante é o crescimento do orgulho entre as gerações mais jovens. Cerca de 74% dos entrevistados com idades entre 16 e 29 anos afirmam sentir orgulho de sua identidade, enquanto esse número é de 60% entre aqueles com idades entre 30 e 49 anos, e 43% entre os entrevistados com 50 anos ou mais.

Diante disso, a representatividade tem um papel significativo na vida das pessoas LGBTQIAP+. A maioria dos entrevistados (65%) afirma gostar de se ver representado em comerciais e propagandas na mídia, e 69% preferem comprar em empresas que apoiam a diversidade. Nas eleições, 79% consideram importante que os candidatos defendam as causas relacionadas à igualdade LGBTQIAP+.

Pink Money e Pink Washing

O mercado LGBTQIA+ tem um poder econômico significativo, e muitas empresas têm reconhecido a importância de atrair esse público. O termo “pink money”, por exemplo, surge diante deste cenário e refere-se ao poder de compra dos consumidores LGBTQIAP+, que movimenta bilhões de dólares globalmente.

No entanto, muitas empresas acabam caindo no que chamamos de “Pink washing”, termo usado para descrever a prática de uma empresa ou marca em se apropriar de símbolos ou temáticas LGBTQIAP+ durante o mês do orgulho (junho) ou em campanhas de marketing, sem necessariamente apoiar efetivamente a comunidade ou contribuir para ações concretas em prol da igualdade. Essa prática é vista como oportunista e superficial, visando apenas capitalizar em cima do apoio ao movimento sem um verdadeiro compromisso com a causa.

A pergunta aqui é: como as empresas podem adotar abordagens genuínas e inclusivas para se conectar com a comunidade? Algumas práticas eficazes incluem:

Autenticidade

As empresas devem se envolver ativamente na causa LGBTQIAP+ e ter um compromisso real com a igualdade e a diversidade em todos os níveis da organização. Isso envolve contratações em si e o apoio a leis e políticas que promovam a igualdade LGBTQIAP+, além de criar um ambiente de trabalho inclusivo e seguro.

Representatividade

É fundamental que negócios incluam e valorizem a representação LGBTQIAP+ em suas equipes, bem como em suas campanhas de marketing e publicidade. Isso demonstra o compromisso real com a diversidade e permite que as pessoas LGBTQIAP+ se vejam e se identifiquem com as marcas.

Parcerias estratégicas

O estabelecimento de parcerias com organizações LGBTQIAP+ e a participação em eventos e iniciativas relacionadas à comunidade podem demonstrar um compromisso real com a causa e proporcionar oportunidades de envolvimento significativo.

Responsabilidade social:

Além de se envolver com a comunidade LGBTQIAP+ internamente, as empresas podem apoiar organizações e projetos que promovam a igualdade e os direitos da comunidade. Isso pode incluir doações, patrocínios ou programas de voluntariado.

Preconceito, violência e exclusão

Ao adotar essas práticas, as empresas podem não apenas atrair o público LGBTQIA+, mas também se tornar agentes de mudança positiva e promover uma sociedade mais igualitária e inclusiva. Apesar do avanço do orgulho, nem sempre a aceitação da sociedade é boa. E isso começa pela família. A pesquisa revela que apenas 47% das famílias têm conhecimento sobre a orientação sexual e/ou identidade de gênero de seus membros LGBTQIAP+. Isso mostra que ainda existe receio e medo de se assumir, e muitas pessoas optam por não contar para seus familiares, principalmente devido ao receio de não receberem apoio ou à influência religiosa.

A violência e exclusão também são desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIAP+. A pesquisa revela que 27% dos entrevistados já sofreram algum tipo de agressão, ameaça ou assédio físico por sua orientação sexual ou identidade de gênero. Além disso, 32% foram vítimas de abuso sexual e 45% sofreram violência verbal por esses motivos.

Por isso, destacar importância da luta pelos direitos e da conscientização sobre a comunidade LGBTQIAP+ é fundamental tanto quando falamos de relações pessoais, quanto empresariais. Mostrar que a diversidade é uma força positiva que impacta o mercado e as empresas, evidencia a importância da representatividade e ressalta a necessidade de combater a discriminação e promover a igualdade de direitos para todos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

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Fonte:
Opinion Box

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