A ascensão da nova geração de criadores de conteúdo atingiu uma audiência global em várias plataformas online, consolidando-os como líderes na promoção de ideias, produtos e serviços. Este fenômeno está não apenas remodelando a maneira como as marcas se envolvem com o público, mas também influenciando as decisões de compra dos consumidores.
Em resposta, a demanda por influenciadores que encaram o Marketing de Influência como uma profissão em vez de um passatempo está em alta. Uma pesquisa conduzida pela Influency.me revela que 18% das marcas evitaram contratar influenciadores no último ano devido a experiências negativas. Questões como posicionamento político e conformidade fiscal também afetam as decisões das marcas. Essa pesquisa, envolvendo mais de 350 profissionais do setor, destaca a crescente importância da transparência e do profissionalismo entre os creators.
Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me, observa que experiências negativas com influenciadores ocorrem quando há falta de compreensão do processo de criação de uma campanha. Por exemplo, é crucial realizar o planejamento antes de selecionar os influenciadores adequados, pois pular etapas pode resultar em consequências indesejadas.
Para André Brand, Co-fundador da Farra, uma abordagem profissional por parte do influenciador abre mais oportunidades para as marcas. Ele destaca a importância de um roteiro bem elaborado, um storytelling eficaz e uma linguagem que ressoe com a essência do influenciador e atenda às expectativas da empresa. Ter essa visão de negócio aumenta consideravelmente as chances de fechar parcerias bem-sucedidas.
No estágio inicial, quando o influenciador ainda não tem recursos financeiros para uma equipe ou agente, a espontaneidade atrai a atenção, mas a consistência é fundamental para transformar esse engajamento em um produto futuro. Fábio Gonçalves, Diretor de Talentos Internacionais da Viral Nation Talent, enfatiza que até mesmo os nano influenciadores podem alcançar isso sem custo. No entanto, é essencial produzir conteúdo de alta qualidade e adotar estratégias pensadas, como desenvolver um roteiro com narrativas envolventes e criar conteúdos visualmente atraentes.
Fábio destaca o User Generated Content (UGC) como uma estratégia crucial para iniciantes, que já tem trazido resultados positivos. Ele ressalta a importância de criar conteúdo orgânico, sem parecer propaganda, e menciona agências e marcas dedicadas exclusivamente ao UGC. Além disso, observa que artistas que investem em conteúdo digital conseguem gerar engajamento, mesmo sem projetos artísticos em destaque, o que abre portas para oportunidades de publicidade.
Julio Rocha exemplifica essa transição bem-sucedida, passando de ator de TV e teatro para influenciador digital durante a pandemia. Sua abordagem profissional inclui produção de alta qualidade e escolha criteriosa de marcas parceiras, priorizando a autenticidade e a conexão com seu público. Ele enfatiza a importância de selecionar marcas alinhadas aos seus valores e à percepção do público, visando preservar sua imagem e reputação.
Em suma, para os influenciadores, a integridade e a imagem pessoal superam qualquer contrato. Em uma era em que pequenos deslizes podem ter consequências significativas, manter uma reputação sólida é essencial para garantir a longevidade e o sucesso da carreira.
