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O retorno da discussão sobre remixagem de conteúdo e “kibagem”

quarta-feira, 01 de agosto de 2018

Está na hora de refletir sobre o kibe. Kibar nada mais é do que usar um conteúdo de uma outra fonte como seu ou com leves mudanças. O termo é usado para criticar quem, inescrupulosamente, usa textos e imagens de outras fontes sem lhes dar o devido crédito.

 

A internet é um mundo vasto e cheio de compartilhamentos, o que, muitas vezes, torna impossível descobrir a fonte original de algum conteúdo — seja um meme, gif, texto. Outros, são facilmente reconhecíveis pela popularidade que ganham logo quando são publicados. O que importa é que o universo online sempre permitiu a remixagem de conteúdo: pegar elementos e transformá-los em novos acrescentando partes diferentes. E esse processo é dificilmente controlável.

 

Logo que o Facebook começou a se tornar popular e mesmo quando usuários de outras redes sociais passaram a divulgar trechos de vídeos, músicas, montagens com imagens diferentes e, mais recentemente, os gifs, marcas, empresas e veículos de comunicação foram confrontados com a possibilidade de aderir a esse movimento ou enfrentar todas essas pessoas pelos direitos autorais.

 

Não estamos falando aqui de pirataria — quando todo um conteúdo é disponibilizado gratuitamente levando ao prejuízo financeiro da empresa — ou o uso indevido dessas propriedades intelectuais para o lucro de outras pessoas que não sejam os seus donos. Mas é inevitável que a internet seja uma fonte de referências que possam ser utilizadas para ampliar a quantidade de conteúdo.

Mas qual o limite para o que é aceitável nessa remixagem?

 

Caça aos memes e legislação europeia

Recentemente, Facebook, Instagram e Twitter começaram a derrubar conteúdo de diversos usuários que tinham elementos de outras empresas — imagens, trechos de música ou vídeo. Uma das principais fontes para esses posts eram programas da Rede Globo, o que levou muitas pessoas a especularem que isso tinha sido uma ação da própria empresa.

Logo depois, a emissora brasileira comunicou que não tinha nenhuma relação com as atitudes das redes sociais:

“A Globo não solicitou a derrubada de nenhum dos conteúdos citados. A empresa tem um profundo respeito pelos seus fãs e pela maneira como se relacionam com a sua programação e trabalha todos os dias para que essa saudável dinâmica conviva com seu compromisso de defesa dos direitos autorais e de combater à pirataria.”

Mais drástico do que uma ação individual, o Parlamento Europeu criou um projeto de lei que visava assegurar os direitos autorais de artistas e jornalistas. Um dos artigos exigia o pagamento de uma taxa para linkar notícias de veículos de comunicação, enquanto outro pedia a fiscalização dos conteúdos pelo Google e Facebook, por exemplo, para checar a violação de copyright. A proposta, no entanto, não foi aprovada agora no começo de julho.

 

A constante discussão sobre conteúdo

Todas as empresas dependem de conteúdo — mesmo que seja apenas publicitário — para sobreviver. A grande diferença é que algumas delas possuem dinheiro para criar tudo do zero, enquanto negócios menores se beneficiam da remixagem de conteúdo para atingir seus clientes.

O uso de conteúdos já criado na internet leva a um produto novo e isso deve motivar empresas de todos os tamanhos — basta lembrar-se daquela batida premissa do “nada se cria, tudo se transforma”. O que não significa que devemos ficar cegos ao fato de que essa liberdade tem prejudicado muitas empresas e artistas que vivem essencialmente das suas produções originais — como veículos de comunicação, escritores, produtoras de vídeo etc.

A transformação consciente de conteúdo, com a identificação de fontes e referências e o pagamento devido aos donos originais, pode gerar crescimento para todos os envolvidos. Afinal, ninguém gosta de ter conteúdo kibado indiscriminadamente.

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