Live commerce começa a se popularizar no Brasil.

lunes, 19 de mayo de 2025

O futuro do varejo ao vivo já começou!

Nos últimos anos, o varejo digital brasileiro passou por uma transformação significativa. Com a pandemia acelerando o consumo online e o amadurecimento dos consumidores digitais, o Brasil se tornou um terreno fértil para novas formas de comércio eletrônico. Uma dessas tendências, já consolidada na China e em ascensão global, é o live commerce a combinação entre transmissões ao vivo e experiências de compra em tempo real.

Enquanto no início essa modalidade parecia distante da realidade brasileira, hoje vemos plataformas como Kwai Shop e TikTok Shop apostando fortemente nesse formato. Com bons resultados já registrados e a promessa de uma experiência mais envolvente para o consumidor, o live commerce começa a se consolidar como um dos principais caminhos para o futuro do e-commerce no Brasil.


O que é live commerce e por que ele funciona?

O live commerce é, basicamente, uma transmissão ao vivo com o objetivo de apresentar, demonstrar e vender produtos de forma imediata. Durante essas lives, os espectadores podem interagir com o apresentador (geralmente um influenciador ou especialista), tirar dúvidas, ver detalhes do produto em tempo real e realizar compras com apenas alguns cliques, tudo isso sem sair da transmissão.

Na China, esse modelo já representa cerca de 20% de todas as vendas online, movimentando mais de US$ 500 bilhões por ano, segundo dados da McKinsey. Lá, nomes como Viya e Austin Li se tornaram verdadeiros fenômenos de vendas ao vivo, alcançando bilhões de dólares em faturamento durante eventos de grandes marcas.

A chave para o sucesso está na interatividade e na imersão da experiência. O live commerce transforma a tradicional “vitrine virtual” em um espaço de diálogo direto com o consumidor. A possibilidade de conversar ao vivo com quem demonstra o produto gera confiança, humaniza a marca e acelera a decisão de compra segundo a Statista, consumidores decidem até 30% mais rápido em lives do que em lojas virtuais convencionais.


O cenário brasileiro e a chegada das grandes plataformas

O Brasil ainda está nos primeiros passos, mas com sinais promissores. O lançamento do Kwai Shop no país, em outubro de 2024, marcou um avanço importante. Unindo vídeos curtos à experiência de compra, a plataforma registrou um crescimento de 1.300% nas ordens diárias apenas em 2024, com destaque para segmentos como eletrônicos, casa, maquiagem e moda.

Durante eventos comerciais como Black Friday e Dia dos Solteiros, o Kwai Shop movimentou milhões de reais em vendas, com centenas de horas de transmissões ao vivo e participação de diversas marcas e lojistas. Além disso, a estratégia da plataforma se baseia no sucesso chinês da Kuaishou, empresa-mãe do Kwai, que já conta com gigantes como Tesla, Nike, Audi e Apple vendendo seus produtos ao vivo.

Outra gigante que deve acelerar ainda mais esse processo no Brasil é o TikTok, que se prepara para lançar oficialmente o TikTok Shop no país. Com funcionalidades que permitem compras diretamente dos vídeos, lives com influenciadores e integração com catálogos de produtos, a expectativa é que a plataforma transforme o entretenimento em conversão especialmente considerando que o brasileiro passa, em média, mais de 3 horas por dia em redes sociais (We Are Social, 2023).


O papel dos influenciadores e a importância da estratégia

Uma das grandes vantagens do live commerce é a capacidade de potencializar a influência digital. Ao invés de apenas indicar um produto em um post, os criadores de conteúdo agora podem interagir com o público, mostrar os produtos em uso, responder dúvidas em tempo real e ainda lucrar com comissões diretas sobre as vendas geradas.

Esse modelo de monetização é vantajoso para todos: marcas aumentam suas vendas, consumidores ganham confiança e os influenciadores fortalecem seu relacionamento com a audiência. Porém, o sucesso dessas transmissões depende de planejamento estratégico.

Para gerar resultados reais, é preciso definir claramente os objetivos da live, escolher os produtos certos, investir em bons equipamentos, preparar roteiros dinâmicos e contar com apresentadores carismáticos. Além disso, é fundamental ter infraestrutura tecnológica robusta, com plataformas estáveis e sistemas de pagamento seguros.

Outro ponto importante é pensar em conteúdos de suporte. Como nem todos os consumidores conseguem acompanhar as transmissões ao vivo, é essencial reaproveitar o conteúdo criando cortes, stories, posts e vídeos curtos que ajudem a manter o engajamento e ampliar o alcance da campanha.


Desafios e oportunidades

Apesar das oportunidades, o live commerce ainda enfrenta desafios no Brasil. Entre os principais, destacam-se:

  • Conectividade: a qualidade da internet ainda é um entrave em várias regiões, o que pode prejudicar a experiência ao vivo.
  • Confiança digital: muitos consumidores ainda têm receio de fraudes e golpes, o que exige que as marcas invistam em transparência, segurança e atendimento humanizado.
  • Regulamentação: como o formato envolve vendas em tempo real, será necessário garantir que promoções, condições de compra e informações estejam de acordo com as normas de proteção ao consumidor.
  • Adaptação das marcas: nem todas as empresas estão prontas para criar lives atrativas. É necessário aprender a “entregar show” e conteúdo relevante, não apenas empurrar produtos.

Por outro lado, o cenário é bastante animador. Um case recente de uma grande multinacional que investiu em live commerce no Brasil mostrou que, logo no primeiro dia de transmissões, foram registradas mais de 70 mil visualizações, 300 mil curtidas e um aumento de 3x nas vendas diárias. Esses dados provam que o formato tem potencial para escalar rapidamente, especialmente em datas comemorativas, lançamentos e campanhas temáticas.


O futuro do varejo ao vivo no Brasil

O live commerce não deve substituir o e-commerce tradicional, mas sim complementá-lo, oferecendo uma jornada mais rica e emocional para o consumidor. É a união entre conveniência digital, conteúdo envolvente e relacionamento humano.

Com o avanço da tecnologia, a tendência é que esse formato ganhe ainda mais recursos como realidade aumentada para experimentação virtual, chatbots com IA para atendimento ao vivo e integrações com sistemas de CRM e personalização de ofertas.

O consumidor brasileiro, já acostumado com redes sociais, lives e promoções-relâmpago, tem tudo para abraçar o live commerce como uma nova maneira de comprar e se conectar com marcas. As empresas que saírem na frente, investindo em estratégia, conteúdo e tecnologia, poderão não apenas vender mais, mas também construir comunidades engajadas e relacionamentos duradouros com seus públicos.

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