O Trade Marketing surgiu para apoiar o marketing nas atividades de vendas. No Brasil, grandes empresas adotaram essa metodologia nos anos 90, em resposta à crise inflacionária. Hoje, o Trade é essencial para marcas que buscam se consolidar em um mercado competitivo.
Segundo Marcelo Ermini, professor e especialista em Trade Marketing, o setor cresce, mas ainda carece de profissionais com perfil analítico e estratégico. “Há muita gente querendo trabalhar em Trade, mas sem formação, e os bons já estão em outros mercados”, afirma Ermini.
Apesar de estar mais integrado nas empresas, a aplicação do Trade Marketing ainda é lenta diante da demanda do ambiente digital, que exige maior dinamismo. Marcelo acredita que uma reorganização das equipes de marketing é essencial para atender a essa necessidade. Segundo ele, o ideal seria integrar marketing, trade, vendas e direção de arte em uma única célula, o que permitiria desenvolver estratégias mais ágeis e eficientes.
O mercado de luxo no Brasil é um dos segmentos que veem o Trade Marketing como uma necessidade estratégica. Camila Fonseca, executiva de uma marca de luxo, explica a importância do Trade para o setor:
“As marcas de luxo são extremamente tradicionais e têm alto valor agregado devido à experiência, exclusividade, atendimento e ao universo que compõem uma marca de luxo. A área de Trade é responsável por traduzir isso aos consumidores”, afirma Camila.
Ela destaca ainda que o cliente atual é «multicanal», o que torna indispensável uma estratégia de qualidade para o atendimento físico e digital. Ferramentas online, como realidade aumentada e chatbots, ajudam a entender perfis de consumo e possibilitam ações personalizadas, tanto no ambiente digital quanto na loja física.
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