Transformação digital, Inteligência Artificial, Blockchain, Internet das Coisas. Diariamente vemos artigos e mais artigos de especialistas em tecnologia voltando a falar da digitalização. E é meio óbvio: nossos ‘robôs’ estão sendo alimentados com uma quantidade de dados jamais vista. Em meio à era “Big Data”, surge o ChatGPT – robô criado pela OpenAI e que interage de forma conversacional de maneira gratuita.
Em suma, o ChatGPT cria um diálogo com o usuário que acessar a conversa, responde perguntas, admite erros, contesta premissas incorretas e rejeita solicitações inadequadas. E isso já impressiona a comunidade de Inteligência Artificial por um motivo claro: o ChatGPT mantém uma conversa com uma fluidez próxima dos seres humanos – muito a frente de outras ferramentas de IA generativa, que são capazes de gerar conteúdo próprios em texto, imagens, vídeos, etc.
E qual a diferença do ChatGPT para outros bots do mesmo segmento? Hoje, temos uma diversidade de robôs de conversação – principalmente realizando funções como atendimento, vendas e capturas de leads. Basicamente, o diferencial está no modelo de processamento. Enquanto os robôs que já conhecemos usam PLN (Processamento de Linguagem Natural), o ChatGPT foi construído através da sigla que já está em seu nome: o GPT (Generative Pre-trained Transformer).
O primeiro consiste num modelo que é supervisionado e treinado por especialistas humanos para entender a intenção dos clientes e tornar respostas mais precisas através do que é pedido por escrito ou por voz. Tudo isso, com engenharia PLN que é fornecida por Big Techs – como Google, Microsoft ou Amazon, por exemplo. Com o entendimento, o robô entrega respostas pré-aprovadas pelos humanos que a construíram. E isso, obviamente, ainda é um obstáculo para esse formato.
Principais dificuldades de robôs PLN
- Identificar mais de uma intenção a partir de perguntas longas ou confusas;
- Compreender contextos;
- Falta de memória de conversas passadas – e até dentro da mesma sessão.
Por outro lado, o modelo GPT consegue aperfeiçoar essa tecnologia através do que eles denominam como “aprendizado de reforço”. Em resumo, quando o robô fornece uma resposta, o ser humano indica a veracidade da resposta, se está correta ou não e, consequentemente, aprimora a precisão da tecnologia – compreendendo diversas intenções e contextos por trás de textos longos. Tudo isso, com respostas criadas na hora e memorização de conversas anteriores.
Impacto no mercado
“Você não sabe se está falando com um robô”, “Impressionante”, “É como Netflix e Uber”. Essas são algumas das reações de especialistas do mercado com o robô desenvolvido pela OpenAI. Dentro disso, o ChatGPT já começa a impactar diretamente em soluções profissionais. Como sua utilização é gratuita, a IA vem sendo utilizada em diferentes segmentos, como de programador, por exemplo. Veja essa imagem divulgada pelo próprio ChatGPT:
E não é só isso. Além de programadores, o ChatGPT vem sendo testado como consultor de negócios, psicólogo, redator e até trazendo resumos de artigos científicos. A revista Nature, por exemplo, trouxe relatos de cientistas que não conseguiram distinguir artigos realizados por robôs e outros de seres humanos. Em Nova Iorque, escolas estão proibindo a tecnologia nos computadores para evitar que estudantes usem para responder trabalhos acadêmicos.
O impacto também chega para o mercado de bots. O ChatGPT traz soluções que contribuem nos processos de escritas de um bot e traz uma curadoria importante para identificar intenções. Além disso, a alta precisão de compreensão pode ajudar a reduzir número de solicitações e auxiliar até seres humanos a realizar respostas mais rápidas em atendimentos.
Da mesma forma, é importante falarmos das suas limitações. Segundo a própria plataforma OpenAI, a Inteligência Artificial ainda escreve respostas que parecem plausíveis, mas que são incorretas ou sem sentido. Isso porque, ao treinar o modelo para ser mais cauteloso faz com que ele recuse perguntas que pode responder corretamente.
Outro fator é a sensibilidade a ajustes nas frases de entrada ou tentativas seguidas de prompt. Ou seja, dependendo da formulação de uma pergunta, o ChatGPT pode alegar não saber a resposta. Por fim, segundo a plataforma, às vezes ele responde a instruções que podem ser prejudiciais e, também, exibe comportamento tendencioso.
Ainda não sabemos como isso acontecerá e qual modelo de negócio será mais influenciado, o que sabemos, de verdade, é que tecnologias de conversação de bots jamais serão as mesmas.
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Fontes:
https://chat.openai.com/
https://www.mobiletime.com.br/noticias/20/01/2023/nao-se-farao-mais-bots-como-antigamente/