Apesar de todo o sucesso, o Facebook já teve uma quantidade razoável de fracassos… E por que resolvemos falar sobre isso? No nosso blog você deve acompanhar constantemente os posts nos quais falamos sobre novidades na rede social mais usada no mundo. Os mais recentes deles falaram um pouco sobre o messenger integrado, função para encontros e sobre as estreias e enquetes. Com o ressurgimento e reaquecimento do mercado das criptomoedas e o desenvolvimento dos pagamentos digitais, o Face sentiu que precisava fazer parte de todo esse buzz e anunciou a Libra.

Não estamos falando da moeda britânica e nem do signo mais indeciso do zodíaco, mas sim a moeda do Facebook. Essa nova criptomoeda vai ser usada não só na plataforma mas também como um pagamento digital, com usuários podendo pagar produtos e serviços com suas carteiras digitais.

A Libra foi criada por uma associação de 28 organizações e personalidades diferentes como Mickey Malka e Wences Casares, pioneiros nesse mercado, Emilie Choi da Coinbase, marketplaces como eBay, Farfetch, e aplicativos como Lyft, Uber e Spotify.

A nova moeda do Facebook está programada para ser lançada no começo de 2020, com a rede oferecendo essa nova opção de pagamento para os seus 2,7 bilhões de usuários, por meio da sua carteira oficial Calibra. Essa mesma carteira estará conectada ao Messenger e WhatsApp e poderá ser usada nos países que a legislação permitir esse tipo de pagamento.

Ainda é difícil dizer se a moeda será um sucesso com toda a instabilidade do mercado de criptomoedas, mas grandes nomes da tecnologia como Apple, Amazon e Google não participam da associação, o que pode levar algumas pessoas a cogitar que a Libra nasceu para fracassar, como outros lançamentos do Facebook.

Os fracassos do Facebook

Muitas das iniciativas do Facebook que fracassaram visavam tentar ultrapassar novos concorrentes e, por serem apenas versões com melhorias, acabavam não aderindo ao público. Com isso, a rede percebeu que muitas vezes a melhor alternativa era simplesmente COMPRAR esses competidores, como fez nos casos do Instagram e WhatsApp.

Vamos analisar alguns dos fracassos do Facebook e possíveis lições que rede aprendeu no processo:

1. Poke

O ano é 2012 e o Facebook queria uma forma de combater o crescente sucesso do Snapchat. Ela cria então esse app que imitava o sistema de mensagens rápidas e efêmeras. Mas mesmo tendo menos problema técnicos que o concorrente, não conseguiu atrair usuários jovens, que já começavam a considerar a rede um ambiente de gente “mais velha e careta”.

2. Slingshot

E o Facebook não aprendeu: em 2014 lançou esse novo app de mensagens instantâneas tentando, mais uma vez, competir com o Snapchat. Eles queriam vender o Slingshot como uma forma fácil de compartilhar conteúdo e o que o usuário estava fazendo em tempo real. Mas mais uma vez não colou. O Mashable chegou a identificá-lo como “uma versão mais bonita e desesperado do Snapchat”. Ouch!

3. Deals

Tentando acompanhar o sucesso dos sites de desconto em grupo, o Facebook lançou o Deals em 2011, uma funcionalidade parecida com o sistema do Groupon. Depois de quatro meses de testes em cidades americanas, o Facebook resolveu matar a função.

4. Places

Mais uma vez o Face queria aproveitar a popularidade de outro concorrente, dessa vez a rede social Foursquare, que usava a geolocalização e gameficação para estimular seus usuários a compartilharem suas localizações em locais conhecidos e eventos. Não que o Places não tenha funcionado, mas o Facebook simplesmente achou mais fácil integrar a função de check-in dentro das próprias páginas de eventos e empresas.

5. Instant Articles

Em uma tentativa de angariar a lealdade de grandes veículos de comunicação para a produção de conteúdo dentro do próprio Facebook, ele lançou essa função que permitia grandes editoras, emissoras e influenciadores desenvolvessem os seus artigos sem sair da rede. Infelizmente essa alternativa significava um investimento que o mercado instável do jornalismo não tinha disponível para fazer. Sem falar que aqueles que tentaram ficaram insatisfeitos com os resultados e os abandonaram.

6. Rooms

Esse app emulava as antigas salas de chats e fóruns, sendo possível criar salas com temas e participar delas sem precisar necessariamente se identificar. A parte da anonimidade era o grande chamariz, mas mais uma vez não ganhou tração e foi descontinuado pouco tempo depois do seu lançamento.

Enquanto algumas das funções de todos esses lançamentos foram aplicadas na melhoria do Facebook, quase todas caíram no esquecimento. O Creative Labs, unidade interna de desenvolvimento e inovação da rede, responsável pela maioria dessas criações, porém, não aguentou tanto fracasso. Ela foi fechada em 2015, com a justificativa de que o Facebook queria um espírito de startup em toda a sua estrutura e não apenas em um grupo.

E você? lembra de mais algum flop do Face? Compartilhe com a gente! 🙂