Diante do cenário mundial motivado pelo surto de coronavírus nos últimos dias, empresas de todos os setores foram obrigadas a repensar seu modo de trabalhar, com a grande maioria dando uma pausa nas operações ou trabalhando no esquema home office, quando possível.
As redes sociais também foram atingidas pelo coronavírus, já que também são empresas, com funcionários trabalhando todos os dias. Além disso, também existe a questão dos conteúdos produzidos, que devem ser filtrados para que possam ser uma fonte segura de informações sobre a COVID-19 e também servir de instrumento de conscientização sobre as medidas de higiene e cuidados para frear o avanço do contágio. Vamos ver agora quais ações que podem impactar na rotina de todos que trabalham com essas redes sociais:
Facebook e Instagram
Vamos começar falando sobre o Facebook (e, por consequência, o Instagram).
Seguindo o exemplo de grande parte das empresas de tecnologia, o Facebook está fechando seus escritórios e enviando seus funcionários para casa, devido ao surto do coronavírus.
Além disso, o Facebook também conta com empresas parceiras e contratados que realizam revisão de conteúdo, e que em sua maioria também estão em casa, sem trabalhar e sem data prevista para o retorno.
Mas o que isso significa efetivamente para nós, agências e criadores de conteúdos? Por conta desse desfalque, podem ocorrer alguns atrasos e erros na revisão de anúncios e conteúdos monetizados, pois aumenta a dependência do uso de sistemas automatizados para detectar e remover posts que violam regras.
Segue um comunicado da empresa:
Para anunciantes
Usamos uma combinação de pessoas e tecnologia para revisar anúncios no Facebook e Instagram, e nossos sistemas automatizados já desempenham um papel importante nesse processo. Com uma força de trabalho reduzida e remota, estamos confiando ainda mais na tecnologia automatizada. Isso pode significar:
- Revisão atrasada de anúncios e listagens de comércio
- Um aumento nos anúncios que foram reprovados incorretamente
- Recursos atrasados ou reduzidos
- Disponibilidade mais limitada de anúncios in-stream do Facebook e entrega mais baixa
Para criadores e editores de conteúdo
Todo o conteúdo monetizado passa por análises de segurança da marca. Isso inclui artigos instantâneos e vídeos com anúncios in-stream. Como nossa capacidade de revisar novo conteúdo agora é limitada, não poderemos aprovar todo o conteúdo para monetização. Estamos trabalhando em como apoiar os parceiros no momento.
No Twitter a situação não é muito diferente. A empresa já comunicou que a pandemia está afetando a capacidade de moderação de conteúdo de forma inédita e que tem se adaptado para enfrentar o novo cenário. Segundo eles, agora, estão se concentrando em conteúdos com maior potencial de causar danos físicos.
Ainda segundo eles “A participação de contas oficiais de governo em debates sobre a origem do vírus e a conversa pública a respeito de novos potenciais tratamentos serão permitidos, a não ser que o conteúdo contenha um estímulo a ações que podem ser danosas à saúde das pessoas.”
Por conta dessa situação, as agências precisam repensar toda sua estratégia de conteúdo e mídia, é um momento delicado para todos os setores. No Twitter, Algumas marcas estão se posicionando e dando suporte para as pessoas, veja alguns exemplos:
A rede social de compartilhamento de inspirações, o Pinterest, está introduzindo uma “experiência de pesquisa personalizada” para quando o usuário procura informações sobre o coronavírus em sua plataforma. A iniciativa é uma maneira de “conectar Pinners a fatos e buscas por mitos e o que não é verdade, mostrando informações autorizadas da Organização Mundial da Saúde”
Ao pesquisar por “coronavírus” ou “COVID-19” no Pinterest, o usuário é levado para uma página que seleciona conteúdos da OMS sobre como proteger a si e aos outros, como lavar as mãos corretamente, quando usar máscaras, entre outras informações.
Tik Tok
As ações do Tik Tok são voltadas para a conscientização, em parceria com a Organização Mundial da Saúde. A plataforma líder mundial em vídeos curtos, vai lançar uma campanha no Brasil para instruir os usuários sobre a forma correta de lavar as mãos. Seguindo a tendência que surgiu naturalmente no TikTok nos Estados Unidos, com várias celebridades como Terry Crews, que fez muito sucesso com seu vídeo cantando “I will survive” enquanto lembrava os seguidores da importância da higiene, o Tik Tok irá pedir aos usuários que mostrem quais músicas, citações de filmes, trechos de livros eles estão pensando enquanto lavam as mãos pelos 40 segundos necessários. Influenciadores já confirmaram sua participação na campanha #MãosSeguras, como a atriz, dubladora e cantora Bia Alencar.
Além disso, o Tik Tok se juntou a outras companhias e serviços de streaming para ajudar no combate ao novo coronavírus, anunciando uma doação de US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) ao “Fundo de Resposta à Solidariedade” da Organização Mundial de Saúde (OMS), programa que arrecada fundos para garantir suprimentos essenciais, como máscaras, roupas apropriadas e aceleramento de pesquisas.
O LinkedIn foi a última plataforma que atualizou suas medidas em resposta ao surto de coronavírus.
Nesta semana, o LinkedIn descreveu as medidas adotadas para manter seus membros informados, incluindo a transmissão diária de atualizações da OMS e “o dimensionamento de suas plataformas de eventos para permitir que as empresas cheguem ao público virtualmente”.
A empresa também criou um novo elemento, Trending News, a fim de destacar atualizações confiáveis de especialistas, incluindo a Organização Mundial de Saúde e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
Quanto às entrevistas para funcionários internos, o LinkedIn está informando aos candidatos que eles têm a opção de realizar suas entrevistas virtualmente ou adiá-las até uma data não especificada no futuro.
Como você pretende trabalhar os conteúdos nesse momento? O que está achando dessas ações das principais redes sociais em relação ao coronavírus? Conta pra gente nos comentários!
